quinta-feira, julho 24, 2008

Água




Água:
Conheça a sua importância para a saúde

O corpo é formado por cerca de 70% de água, a qual é perdida e reposta constantemente pelo organismo. A reposição é necessária para a saúde e beleza em geral.

A hidratação

Quando a água é perdida, a pele se desidrata, fica áspera e se torna vulnerável ao processo de envelhecimento. Por isso, é importante mantê-la sempre hidratada. Além disso, eliminamos cerca de 2 litros através da urina, suor e fezes. Se essa quantidade não for reposta, inicia-se um processo de desidratação e intoxicação.

Água em excesso faz mal?

Ela não pode ser ingerida em excesso para que não haja uma grande perda de sais minerais, principalmente, sódio e potássio.

Alimentos também contêm água?

Ao comer alimentos sólidos também estamos ingerindo líquidos. Durante as dietas de emagrecimento, por exemplo, quando a quantidade de alimentos ingeridos é reduzida e a queima de gorduras é maior, recomenda-se tomar mais água para não desidratar. Cuidado com falsos mitos. “Sauna emagrece”; “quanto mais se transpira, mais rápido se perde peso”. Certamente, ao sair da sauna ou de uma aula de ginástica, você vai notar que perdeu peso, porém, à custa da perda de água, que deve ser reposta mais tarde ao ingerir líquidos ou alimentos sólidos.

Saúde para os cabelos

A água é a maior responsável pela saúde e brilho dos fios. Usá-la na temperatura certa é fator dominante para o sucesso. A água morna ajuda a ação dos cremes e condicionadores, e a fria dá brilho e volume. Dica: antes de aplicar o xampu, molhe bastante os cabelos e, na hora de enxaguar, repita a dose, até se certificar que nenhum resíduo do produto ficou nos fios.

Benefícios da água para o corpo

A água relaxa, massageia e facilita os exercícios. Com a hidroginástica, é possível realizar exercícios inacreditáveis. Milagre? Não. A água faz com que nosso corpo fique 70% mais leve, ou seja, se normalmente você consegue fazer 10 abdominais, na piscina, você fará 50, com o mesmo esforço. Beba 8 copos de água por dia, faça disso um hábito. O ideal é beber 2 litros por dia!

http://www.lincx.com.br/lincx/saude_a_z/por_vida_saudavel/agua.asp

terça-feira, julho 22, 2008

Os Micróbios da Boca


Os micróbios da boca


A boca é um ecossistema de alta complexidade. Esse é o tema de uma revisão publicada num dos últimos números da revista Science.A primeira descrição de que na boca humana havia seres estranhos, foi feita no final do século 17, na Holanda, por Antony van Leeuwenhoek - um dono de armarinho, hoje considerado o pai da bacteriologia - cuja distração principal era explorar os recursos de uma engenhoca recém-descoberta: o microscópio.Enquanto os microscopistas da época procuravam magnificar com o novo aparelho asas de insetos, grãos de pólen e outros objetos minúsculos, Leeuwenhoek decidiu pesquisar o invisível. Colocou no aparelho uma gota de água da chuva e revelou o achado: “Encontrei pequenos animais, a meu ver, mais de 10 mil vezes menores do que a pulga d’água, que se pode ver a olho nu”.Em 1683, ele descreveu o exame microscópio da placa aderida a seus dentes da frente. Nela encontrou milhares desses “pequenos animais”, que desapareciam quando o exame era feito depois de tomar café bem quente. Perguntou intrigado: “Será que o calor do café matou os animaizinhos?”.Na década de 1960, pesquisadores americanos verificaram que, nas placas dentárias, havia populações distintas de bactérias, e que a mucosa da boca e a superfície dos dentes eram revestidas por microorganismos dispostos em camadas finas, denominadas biofilmes.Os bacteriologistas procuraram, então, cultivar as bactérias da cavidade oral em laboratório. Os resultados foram decepcionantes: apenas metade crescia nos meios de cultura, impossibilitando a caracterização da biodiversidade existente.No início dos anos 1990, Sigmund Socransky e colaboradores, de Boston, desenvolveram técnicas para identificação das bactérias sem a obrigatoriedade de cultivá-las em caldo de cultura. A metodologia se baseia em provocar reações bioquímicas capazes de diferenciar o DNA de cada microorganismo presente numa comunidade, e permite examinar milhares de amostras de cada vez. As novas técnicas identificaram mais de 700 espécies diferentes de germes vivendo em estilo comunitário na cavidade oral humana.Os microorganismos que colonizam a boca mostram predileção clara por determinadas regiões: alguns preferem a superfície da língua, outros, a das gengivas ou a dos dentes. Por exemplo, a bactéria Streptococcus mutans que se alimenta de açúcar, a partir do qual libera ácido láctico que destrói o esmalte e provoca as cáries, vive exclusivamente na superfície dentária.Apenas na língua, foram encontradas 92 espécies de microorganismos, alguns dos quais responsáveis pelo mau hálito. Quando estes são eliminados por raspagem ou gargarejos com soluções bactericidas, a halitose diminui de intensidade ou desaparece.Como em outras comunidades biológicas, existe cooperação entre as bactérias contidas nos biofilmes, que revestem as diversas regiões da boca: substâncias liberadas por uma bactéria podem atrair outras. Por exemplo, a bactéria Streptococcus gordonii, que vive no biofilme que cobre os dentes, possui proteínas em sua superfície que atraem outra bactéria, Porphiromonas gingivalis, envolvida em infecções gengivais.Para dar idéia da complexidade biológica do ambiente criado por tantos microorganismos comunitários basta lembrar que apenas esta última bactéria produz cerca de 220 proteínas.Em 2004, o Instituto de Pesquisas Dentárias e Craniofaciais, de Rockville, Estados Unidos, deu início a um estudo programado para catalogar todos os genes dos germes existentes na cavidade oral. Em três anos de duração, o projeto pretende identificar 40 mil genes característicos das populações de saprófitas, simbiontes e parasitas que se instalam e convivem nas diversas regiões da boca.O estudo permitirá identificar as fragilidades dos germes patogênicos e identificar aqueles que oferecem proteção à mucosa oral e aos dentes. Compreender melhor as relações ecológicas que se estabelecem entre as diversas comunidades microbiológicas distribuídas pela cavidade oral permitirá usar bactérias inofensivas, geneticamente modificadas, para competir e eliminar as patogênicas responsáveis pelas cáries e outras doenças que agridem a porta de entrada do aparelho digestivo.



Mau Hálito

O combate ao mau hálito
Estudos ajudam a compreender melhor as causas de um problema que pode dificultar, ou até mesmo destruir, relacionamentos pessoais.O mau hálito, flagelo antigo das relações pessoais, emerge como assunto de interesse científico capaz de atrair a atenção de bacteriologistas, fisiologistas, químicos e psicólogos. Mel Rosemberg, microbiologista canadense que trabalha na Universidade de Tel-Aviv, publicou uma revisão sobre o tema na revista Scientific American.Cerca de 85% a 90% dos casos de halitose se originam na boca, um ecossistema no qual vivem centenas de espécies de bactérias com diferentes necessidades nutricionais. Quando essa flora digere proteínas, podem ser liberadas substâncias que têm mau cheiro. Entre elas: gás sulfídrico, resultante do metabolismo anaeróbico (cheiro de ovo estragado), escatol (substância também encontrada nas fezes), cadaverina (associada à decomposição de corpos), putrescina (à decomposição de carne) e ácido isovalérico, também presente no suor dos pés. A mistura dos odores dessas substâncias não costuma ser percebida pelos portadores de halitose, mas provoca repulsa nos que se relacionam com eles.Pesquisas recentes de Walter Loesche, na Universidade de Michigan, demonstraram que os microrganismos presentes na língua são diferentes dos da placa dentária. Estudando pessoas saudáveis com halitose, o grupo de Loesche mostrou que a principal região anatômica responsável pela halitose não é a placa dentária, como se pensava, mas a área mais posterior da língua, no fundo da cavidade oral. A explicação é simples: essa região recebe um fluxo diminuído de saliva e contém grande número de pequenas criptas (invaginações), nas quais as bactérias podem esconder-se. Nesse local privilegiado, elas digerem as proteínas de restos alimentares aí retidos e as contidas no muco que goteja imperceptível dos seios da face na direção da faringe (gotejamento pós-nasal). Esse gotejamento persistente é encontrado em cerca de 25% da população urbana, como resultado de alergias, poluentes químicos e processos inflamatórios das mucosas nasais e dos seios da face (sinusites).
Outra causa de halitose com origem na boca é a má conservação dos dentes, inflamação das gengivas, restos alimentares entre os dentes e abscessos.
De 5% a 10% dos casos são provocados por inflamações das fossas nasais; 3% têm sua origem em processos infecciosos localizados nas amídalas e apenas 1% em outras localizações. Rarissimamente o estômago ou outras partes do aparelho digestivo estão envolvidos na halitose. Como a saliva contém substâncias bactericidas e seu fluxo contínuo se encarrega de "lavar" mecanicamente a cavidade oral, qualquer evento que provoque ressecamento da boca pode ser causa de mau hálito: jejum prolongado, desidratação, respirar pela boca, falar por muito tempo, ar condicionado, estresse e centenas de medicamentos.
O cigarro pode provocar halitose porque resseca a boca, piora as condições das gengivas, aumenta o gotejamento pós-nasal e deixa um resíduo que perverte o aroma bucal.
Medidas de controle
- Com delicadeza, procure escovar a parte de trás da língua. Evite machucá-la, apenas remova a camada de muco. Com a prática, o reflexo de vômito diminui.
- Tome um bom café da manhã para "limpar" a cavidade oral e manter um fluxo adequado de saliva. - Mantenha a boca úmida. Tome quantidades razoáveis de líquido. Mascar chiclete (sem açúcar) por alguns minutos pode ajudar.
- Soluções comerciais para gargarejo são úteis porque reduzem o número de bactérias presentes na parte posterior da língua, mas seu efeito é de curta duração.
- Lave a boca depois de ingerir alimentos ricos em odor como alho, cebola, café e molhos com curry.
- Escove os dentes e passe fio dental para remover restos alimentares, especialmente depois de refeições ricas em proteínas.
- Receitas populares como mascar canela, cravo e semente de anis, para "refrescar" o hálito, costumam ser úteis, porque as moléculas contidas nessas plantas têm atividade bactericida.

sexta-feira, julho 04, 2008

Profilaxia Antibiótica - EB

Classificação por Risco das Condições Cardíacas Associadas com Endocardite Bacteriana

_________________________________________________________________
Categoria de alto risco (Profilaxia recomendada)

Presença de próteses cardíacas
Endocardite bacteriana prévia
Síndromes cardíacas congênitas cianóticas ( tetralogia de Falot, transposição de grandes artérias e outras)
Shunts cirúrgicos
__________________________________________________________________
Categoria de risco moderado (Profilaxia recomendada)

Maioria de outras malformações congênitas não citadas acima ou abaixo
Disfunções valvares adquiridas (ex: febre reumática)
Cardiomiopatia hipertrófica
Prolapso de válvula mitral com regurgitação e/ou espessamento
__________________________________________________________________
Categoria de baixo risco - (Profilaxia não recomendada - risco igual ao da população)

Malformações isoladas do septo atrial
Correções cirúrgicas de defeitos do septo atrial, septo ventricular ou persistência do ducto arteriovenoso
Correções cirúrgicas com enxertos coronários (bypass - pontes)
Prolapso da válvula mitral sem regurgitação
Sopro fisiológico, funcional ou inocente
Doença de Kawasaki prévia sem disfunção valvar
Febre reumática prévia sem disfunção valvar
Implantes de marcapasso (intravascular ou epicárdico) ou de desfibrilador
___________________________________________________________________


Classificação por Indicação de Profilaxia dos Procedimentos Odontológicos

Atos Odontológicos nos quais a Profilaxia da Endocardite é Indicada:

-Extração dentária
- Procedimentos periodontais incluindo cirurgias, raspagem e aplainamento radicular, sondagens e controles
- Implantes dentários ou reimplante de dentes avulsionados
- Tratamentos endodônticos ou cirurgias periapicais
- Colocação de antibióticos subgengivais (todas as formas)
- Colocação de bandas ortodônticas (exceto se apenas brackets)
- Anestesia injetável intraligamentar (periodontal)
- Profilaxia dental ou de implantes quando sangramento é provável

Atos Odontológicos nos quais a Profilaxia da Endocardite não é Indicada

- Dentística restauradora com ou sem retração gengival
- Anestesia injetável local (não intraligamentar)
- Manipulação intracanal após a obturação (núcleos)
- Colocação de isolamento absoluto
- Remoção de suturas
- Instalação de aparelhos protéticos ou ortodônticos removíveis
- Moldagens
- Aplicação de flúor
- Tomadas radiográficas
- Ajustes de aparelhos ortodônticos
- Extração de dentes decíduos
- Esfoliação de dentes decíduos


Regime Profilático para Endocardite Bacteriana em Procedimentos Odontológicos


*Profilaxia Padrão
Amoxacilina
Adultos: 2.0 g;

crianças: 50 mg/kg - Via oral 1 h antes do procedimento

*Inaptos à medicação oral
Ampicillina
Adultos: 2.0 g;

crianças: 50 mg/kg - Via IM ou IV 30 min antes do procedimento

*Alégicos à penicilina
Clindamicina ou
Adultos: 600 mg;

crianças: 20 mg/kg - Via oral 1 h antes do procedimento

*Cefalexina† or cefadroxil† ou
Adultos: 2.0 g;

crianças; 50 mg/kg - Via oral 1 h antes do procedimento

*Azitromicina ou claritromicina
Adultos: 500 mg;

crianças: 15 mg/kg - Via oral 1 h antes do procedimento

*Alérgicos à penicilina e inaptos à medicacão oral
Clindamicina or Cefazolina†
Adultos: 600 mg;

crianças: 20 mg/kg - IV 30 min antes do proced.
Adultos: 1.0 g;
crianças: 25 mg/kg - IM or IV 30 min antes do procedimento

IM = intramuscular IV = intravenoso - A dose infantil não deve ultrapassar a adulta Cefalosporinas não devem ser usadas em indivíduos com reações de hipersensibilidade imediata à peniclina como urticária, angioedema ou anafilaxia

Baseado nas recomendações da American Heart Association WEB SITEConsulte diretamente sobre profilaxia endocardite na American Heart Association Mais sobre na American Heart Association
Estas informações não substituem a orientação profissional competente.

quinta-feira, julho 03, 2008

Endocardite Bacteriana

Definição: uma infecção que ocorre nas válvulas cardíacas ou tecidos endoteliais do coração. O coração pode sofrer uma infecção decorrente de bactérias e fungos do ambiente hospitalar de uma cirurgia cardíaca a céu aberto alojando-se nas válvulas cardíacas e infectando o endocárdio.
Avaliação Médica

Endocardite Bacteriana pode exigir profilaxia com antibióticos quando paciente notoriamente comprometido exibem lesões cardíacas conhecidas. É freqüente observar após avaliação médica casos de sopro apos exame físico. Quando o sopro é inofensivo, ou seja, fluxo sanguíneo com grande velocidade, não necessita de maiores investigações. Atenção especial deve ser observada nesses casos, pois pode existir um comprometimento de prolapso de válvula mitral. Normalmente pode-se observar sopro em crianças de peito magro com febre elevada ou em mulheres gestantes de terceiro mês. Alguns tipos de sopros resultantes de comprometimento cardíaco podem necessitar de exames apurados como eletrocardiograma, ecocardiograma, fonocardiograma, cateterização cardíaca e raios-X de tórax para descobrir a sua etiologia.
Doenças que requerem profilaxia com antibióticos estão assim descritos:

Doença reumática;
Doenças valvares;
Cardiopatias congênitas;
Próteses intra-articulares;
Válvulas protéticas
Endocardite infecciosa prévia;
Papel do odontólogo frente avaliação dentária em pacientes sabidamente com alterações cardíacas

Questionamentos do profissional com paciente devem incluir perguntas sobre sopros cardíacos, cardiopatia reumática, infecções das válvulas cardíacas, cirurgias cardíacas e febre reumática. O profissional odontólogo deve entrar em contato com o profissional médico, indagando sobre a necessidade de profilaxia antes de um tratamento.

Para o cirurgião-dentista, normalmente alguns quadros requerem maior atenção, tais como:
- Cirurgia cardiovascular, febre reumática e sopro cardíaco.

Com exceção de cirurgias de reparação de defeitos de septo atrial não complicados, cirurgias de marcapasso permanente, derivações de a. coronárias não necessitam de profilaxia na ausência de outras lesões conhecidas.

Em quadro de febre reumática, normalmente exige dose de penicilina por via oral em dose reduzida como padrão contínuo para evitar recidiva da febre reumática, entretanto, inadequada para profilaxia da endocardite bacteriana. Ausência de comprometimento valvular conhecido em pacientes com febre reumática não exigem profilaxia para endocardite, contudo, existem controvérsias na literatura, sendo a melhor postura uma consulta com o médico para determinar necessidade ou não de profilaxia.

Sopro não requer profilaxia, entretanto, avaliação e consulta ao médico faz-se necessária e oportuna, pois o sopro pode estar ocultando uma patologia de maior significado clínico.

Procedimentos que fazem necessária uma profilaxia antibacteriana

Qualquer procedimento que induza sangramento. Exemplo:

· Manipulação invasiva como exodontias até uma manipulação não invasiva como limpeza profissional *;
· Anestesias não requerem profilaxia, com exceção de intraligamentar, utilizada eventualmente em atos de cirurgias de exodontias **;

O esquema profilático padrão ou alternativo depende do tipo de intervenção profissional, das condições de saúde oral e principalmente do risco associado com a patologia cardiovascular, não sendo o objetivo do artigo orientar quanto ao tipo de esquema profilático das medicações antibióticas para as categorias de riscos para os defeitos cardíacos, sendo as novas recomendações da American Heart Association para a Profilaxia Antibiótica da Endocardite Infecciosa de interesse para a Odontologia um guia ao profissional na seleção das situações e medicamentos não obstante tornar um padrão de cuidados ou de substituir o julgamento clínico.


A endocardite infecciosa pode ser potencialmente letal (endocardite infecciosa aguda), ou pode evoluir silenciosamente por semanas a vários meses (endocardite infecciosa subaguda), sendo a comumente observada na odontologia as bactérias do tipo Streptococcus viridans (estreptococos α - hemolíticos).
Bactérias agressivas, especialmente quando presentes em grande quantidade podem comprometer até mesmo um indivíduo sem alterações cardíacas predisponentes.
Pacientes com deficiência de higiene oral, mesmo em ausência de manipulação pelo profissional pode predispor a bacteremia transitória e servir de foco de infecção para endocardite bacteriana.


Foco de infecção

A despeito de foco de infecção, podemos explicar que em qualquer manipulação que promova formação de sangramento gengival, causando bacteremia passageira, pode levar a formação de coágulo de fibrina estéril e plaquetas nas superfícies do endotélio do coração, bem como nas válvulas cardíacas, agindo como sítio de proliferação bacteriana em pacientes com susceptibilidade a doença EB.

Doença Periodontal

DOENÇA PERIODONTAL EM DIABÉTICOS

É estimado que cerca de 170 milhões de pessoas seja portadoras de DIABETES MELLITUS (DM) sendo que no Brasil aproximadamente 10 milhões de pessoas. Destes mais de 50% desconhecem que tem à doença que poderá levá-lo a morte.O paciente diabético apresenta falta de insulina ou incapacidade desta de exercer sua funções, caracterizada por hiperglicemia crônica (altas taxas de açúcar no sangue) e distúrbios de metabolismos dos carboidratos, lipídios e proteínas (ocorre o espessamento da parede dos vasos sangüíneos, dificultando a ação das células de defesa do organismo). O pâncreas que armazena a insulina e sua falta ataca os rins e aumenta a pressão arterial.
Tipo l (Insulino-dependente): deve-se à destruição das células do pâncrea, produtoras de insulina, o que predispões o indivíduo à cetoacidose metabólica.
Tipo ll (não insulino-dependente): resulta de uma combinação de resistência à insulina e deficiência na secreção desta.

MANIFESTAÇÕES NA BOCA :

A doença periodontal no paciente diabético NÃO CONTROLADO é mais agressiva e ocorre uma maior dificuldade no tratamento,na cicatrização e resposta para a cura.O aspecto da “boca seca” (xerostomia) é muito importante sendo é desconfortável e pode aumentar o número de cáries e inflamações gengivais.
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES AOS PACIENTES DIABÉTICOS
1-contrôle da sua glicemia
2-consultar seu periodontista regularmente de 3 em 3 meses
3-Reduzir fumo,álcool, e alimentos muito ácidos
4-Redobrar sua higiene oral.

DOENÇA PERIODONTAL E RISCOS NA GRAVIDEZ

A doença periodontal ou a doença da gengiva é um fator para nascimento de crianças de baixo peso e o aumento de partos prematuros.
Como medidas preventivas os hábitos de higiene oral devem ser mais cuidados devendo a gestante evitar: fumo,bebida alcoólica e drogas todas.
Alguns fatores são importantes para uma gestação saudável: uma boa alimentação, pré-natal, exames pré-eclanpsia e harmoniosa integração entre o Dentista e o obstetra.


A DOENÇA PERIODONTAL PODE AFETAR O CORAÇÃO ?

A resposta é SIM.

Isto pode acorrer quando durante o tratamento periodontal as bactérias podem “cair” na corrente sangüínea e alcançar o músculo do coração.Isto é chamados de de ENDOCARDITE BACTERIANA.
Pacientes que com prolapso da válvula mitral, sopro ou são portadoras de febre reumática deve redobrar os cuidados com sua higiene oral e consultar sempre o seu dentista.

quarta-feira, julho 02, 2008

Tratamento Periodontal

O que é o Tratamento Periodontal?

É a remoção da placa bacteriana e do cálculo dental (tártaro). Eliminar a inflamação gengival, a dor, a bolsa periodontal (ou reduzí-la), a coleção purulenta (pus) e a infecção; preservar a gengiva e a quantidade de osso. Em resumo, promover a saúde periodontal de maneira a prevenir sua reincidência, preservando e evitando a perda dos dentes. O tratamento periodontal consiste nos seguintes
PROCEDIMENTOS BÁSICOS
· Motivação;
· Técnicas de higiene oral e raspagem;
· Alisamento e polimento das raízes contaminadas.
O procedimento de raspagem pode ser realizado com instrumentos manuais ou com ultra-som, dependendo da área de acesso. As as cirurgias periodontais são indicadas, quando o acessso para a descontaminação da raiz é difícil e na existência de bolsas com cálculos em regiões muito profundas.


CONSIDERAÇÕES MUITO IMPORTANTES

UMA GENGIVA ESTÁ DOENTE, QUANDO:
· Vermelha e inchada;
· Sangramento durante a escovação, mesmo quando com força ou com o uso de fio dental de maneira correta;
· Mal hálito persistente;
· Presença de cáculo ou tártaro;
· Presença de exsudato purulento;
· Gosto amargo na boca;
· Sensação que os dentes estão ficando "MOLES" (mobilidade);
· Migração da posição dos dentes (meus dentes estão abrindo-se);
· Retrações gengivais.


IMPORTANTÍSSIMO
· O agente que causa a doença periodontal é a PLACA BACTERIANA. O modo de prevení-la é a utilização da escova e do fio dentário de maneira correta, seguindo a recomendação de seu cirurgião-dentista ou periodontista.
· Existem muitos pacientes que são resistentes a doença periodontal e outras mais susceptíveis. A doença periodontal não tem cura, apenas faz-se o seu controle.
· Não existe medicamento específico para "cura" da doença periodontal, seu controle se dá apenas com a remoção mecânica da placa bacteriana (escova e fio dentário).
· Dentes bonitos não é sinal de saúde bucal.
· O diagnóstico da doença periodontal ocorre, principalmente, com a sondagem dos dentes.
· Sempre há necessidade de manutenção e controle da doença periodontal que deve ser realizada de 3 em 3 meses. Dependendo de cada caso individualmente, o periodontista orientará o período de manutenção e controle de maneira mais adequada.


MOTIVAÇÃO

A MOTIVAÇAO de nosso paciente com doença periodontal é a fase do tratamento mais difícil, pois temos que reeducá-lo em relação aos seus hábitos de higiene bucal e, em particular, fazê-lo compreender como é importante o controle mecânico da placa bacteriana.

Referências Bibliográficas
· Atlas Cirúrgico do Tratamento da Doença Periodontal - Goldman
· Periodontia Contemporânea - Genco
· Instrumentação em Periodontia - Schoen
· Tratado de Periodontologia Clínica - Lindhe
· Compêndio Terapêutico Periodontal - Lascala
· Tratamento Periodontal e Protético - Rosenberg
· Periodontia Clínica - Carranza e Newman -Oitava Edição

Patologias Orais em Idosos

PRINCIPAIS PATOLOGIAS ORAIS DOS IDOSOS

Edentulismo

Geralmente a prevalência do edentulismo pode ser considerada um índice grosseiro, porém instrutivo, da saúde oral de um determinado segmento da população em particular, como é o caso da população idosa. As duas principais causas de perda dos elementos dentários são a cárie e a doença periodontal.
A prevalência do edentulismo difere substancialmente na maioria dos países do mundo. Alguns dos índices mais altos são encontrados no Reino Unido e na Nova Zelândia, e os mais baixos nos EUA. Na Suécia 49% dos idosos de 55-64 anos não possuem mais nenhum dente, subindo para 65% no grupo de 65-74 anos. Em vários países a prevalência do edentulismo é maior em mulheres do que entre os homens (MERSEL & cols - 1986).
Apesar da direta relação entre idade e edentulismo, o número de idosos que tem preservado sua dentição natural tem crescido consideravelmente. Na Suécia 17,2% dos indivíduos de 55-64 anos possuem todos os dentes e nos EUA 18,8% dos idosos com mais de 60 anos ainda conservam pelo menos 20 dentes em suas arcadas dentárias.
De acordo com os resultados do Questionário Nacional de Saúde Oral dos Trabalhadores Adultos e Sêniors Americanos (MARCUS & cols - 1994), o número médio de dentes remanescentes pode variar, consideravelmente, nos indivíduos idosos, segundo alguns fatores tais como nível educacional, salário e nível sócio-econômico. Nesse trabalho fica patente que a perda de elementos dentários é uma questão que deve ser percebida pelo seu componente social. Os indivíduos com mais de 65 anos que possuíam os mais baixos índices de escolaridade e menores proventos também apresentavam os mais altos índices de edentulismo.
Outros estudos demonstram ainda que os idosos institucionalizados possuem em média menos dentes naturais do que de idosos que vivem independentes (KITAMURA & cols -1986).

Cáries em superfícies radiculares

Em contraste com as populações mais jovens, a prevalência de cáries em superfícies radiculares nos idosos apresenta altos índices. O percentual de idosos com dentes naturais com uma ou mais cáries ou restauração em superfície radicular varia, segundo vários trabalhos, entre 45-87%. Na Holanda, por exemplo, esse quadro corresponde a 56% das pessoas de 55-64 anos e a 62% dos indivíduos entre 62-74 anos, e no Canadá encontramos 56,8% dos indivíduos idosos com esse problema, ao ponto de o número de superfícies radiculares cariadas ser ao redor de 1,3 por pessoa (LOCKER - 1989). Nos EUA estudos diversos trabalhos encontraram ao redor de 70 a 83% dos adultos de 55-95 anos com cáries radiculares (WALLACE & cols - 1988) (BANTING & cols - 1980).
Reforçando a tese de que a saúde bucal é um problema social, na Alemanha encontramos um estudo demonstrando que o número de cavidades cariosas era 10 vezes maior em idosos institucionalizados de menor nível sócio-econômico do que em pessoas não institucionalizadas da mesma idade (STRUBING, W. & DEPPING, M. - 1992). Nos EUA encontramos um percentual de 20-50% de adultos saudáveis com cáries radiculares, enquanto que entre idosos institucionalizados ou hospitalizados esse percentual subiu para além de 90% (Galan & Linch - 1994). A despeito das variações individuais, uma pessoa com menos de 30 anos tem, em média, uma em cada nove superfícies radiculares como sendo de risco à cárie, enquanto um indivíduo com mais de 60 anos tem duas superfícies em cada três.
As estratégias de prevenção dos problemas das cáries nas superfícies radiculares passam principalmente pela avaliação clínica do risco de cárie do paciente. A base de um efetivo programa de prevenção dessas afecções deve necessariamente incluir:
* Eliminação dos substratos cariogênicos da dieta e implementação dos cuidados de higienização bucal;
*Eliminação dos microorganismos cariogênicos pela aplicação de agentes terapêuticos antimicrobianos;
*Indução da remineralização de superfícies descalcificadas de dentina pela aplicação de substâncias fluoretadas que diminuam a desmineralização e induzam a remineralização;
*Proteção de partes específicas das superfícies radiculares de maior risco, através de materiais restaurativos.
A manutenção da saúde dos dentes depende fundamentalmente de dois fatores: a motivação e cooperação do paciente e sua habilidade para escovar criteriosamente os seus dentes.
A crescente perda de habilidades manuais por parte dos idosos tem sido examinada em alguns trabalhos, e se avalia através de testes de observação direta, tal como o Teste de Performance de Higiene Oral - TPOH - que serve para estabelecer o nível de habilidade e/ou inabilidade individual, a fim de se prover o tipo de assistência necessária para os cuidados com a saúde bucal em casa (DOHERTY & cols - 1994).
Essas metodologias de avaliação da capacidade de auto-cuidado do idoso são fundamentais para que se possam estabelecer parâmetros seguros de risco às afecções orais por parte desses pacientes, e, em casos de comprovada inabilidade, os cuidadores são os indivíduos que deverão ser orientados no sentido de oferecer ao idoso os cuidados necessários à manutenção de sua saúde bucal.

Doença Periodontal

Vários estudos demonstram que a doença periodontal aumenta com a idade. Por outro lado é conhecido que as médias e os padrões de perda óssea alveolar apresentam variações individuais e também em diferentes sítios da mesma pessoa (HUGOSON - 1982). Muitos trabalhos recentes têm demonstrado que 60-100% dos idosos com dentição natural necessitam de alguma forma de tratamento periodontal (GORDON & cols - 1988) (MACLNNIS & cols - 1993).
Depois dos 40 anos a doença periodontal tem sido imputada como a principal causa de perdas de dentes (CARRANZA - 1984). Em relação a essa situação os dados epidemiológicos recentes são contraditórios. Embora alguns estudos tenham constatado que depois dos 40 anos as extrações por motivos periodontais ultrapassem ligeiramente as extrações realizadas em função da cárie dentária (CAHEN & cols - 1985), há outros estudos sugerindo que, até mesmo nos grupos etários mais idosos da população, o número de extrações por causas periodontais ainda seja inferior aos realizados devido à cárie (BAILIT - 1987).

Paciente Deficiente


Atendimento odontológico e multidisciplinar do paciente deficiente

O atendimento odontológico do paciente deficiente apresenta algumas características que serão aqui abordadas, mas inicialmente conceituamos o paciente deficiente mental ou físico como sendo aquele paciente que apresenta patologias com repercussões neurológicas e/ou físicas tais como as síndromes genéticas (e.g. Síndrome de Down), as paralisias cerebrais dentre outras; assim como o paciente que apresenta deficiências físicas (visual, auditiva, etc).
Uma vez que os familiares deste paciente são os responsáveis pela manutenção de sua saúde bucal é necessário frisar que muitas vezes algumas patologias podem não ser notadas pelos familiares (e.g. sangramentos, abscessos, gengivites, halitose, pequenas cáries, traumas oclusais, etc) e uma vez que o atendimento odontológico preventivo não é realizado devido às dificuldades operacionais do atendimento, há um maior comprometimento da saúde bucal com grandes repercussões locais (e.g. problemas periodontais, perdas dentárias, etc) e sistêmicas (bacteremias, desnutrição, etc) fazendo com que as dificuldades no atendimento e tratamento odontológico sejam cada vez maiores devido ao comprometimento do estado bucal e à amplitude das patologias associadas.
Para que haja um correto atendimento do paciente deficiente é necessário o concurso do Cirurgião Dentista e de outros profissionais de diferentes especialidades da área médica tais como : neurologia, oftalmologia, ortopedia, pediatria, otorrinolaringologia dentre outras; promovendo assim um atendimento global a esse paciente.
Uma vez que o paciente portador de patologias tais como Deficiência Mental e/ou Física é um paciente que não colabora quando do atendimento odontológico, muitas vezes esse atendimento deve ser realizado sob anestesia geral em ambiente hospitalar propiciando assim :
um melhor atendimento do ponto de vista técnico, o Cirurgião Dentista pode nessa situação trabalhar de forma melhor e mais eficiente.
a oportunidade de que outros especialistas (e.g. neurologista, oftalmologista, otorrino, etc) possam efetuar o atendimento ao paciente, atendimento esse muitas vezes muito difícil ou mesmo impossível de ser realizado em condições normais de ambulatório, mas que são plenamente viáveis na situação de atendimento sob anestesia geral em ambiente hospitalar.
Finalizando, acreditamos que há necessidade de um maior esclarecimento tanto da classe odontológica como dos responsáveis por pacientes portadores dessas patologias para que o atendimento odontológico seja realizado em melhores condições técnicas e com o concurso de outras especialidades médicas propiciando um atendimento global com significativa melhora da qualidade do tratamento odontológico realizado e reduzindo o sofrimento do paciente deficiente.