segunda-feira, junho 30, 2008

Diabetes Mellitus

Tratamento odontológico em pacientes portadores de Diabetes Mellitus

Diabetes Mellitus (DM) é a síndrome resultante de uma interação variável de fatores hereditários e ambientais e caracterizada por secreção anormal de insulina, níveis de glicose sangüínea inapropriadamente elevados e uma variedade de complicações em orgãos terminais, incluindo nefropatia, retinopatia, neuropatia e aterosclerose acelerada.
Uma vez que os pacientes portadores de DM são pacientes que apresentam outras patologias associadas é de grande importância que o Cirurgião Dentista esteja ciente do quadro apresentado pelo paciente de maneira a atenuar as possíveis complicações associadas a determinados tratamentos odontológicos executados.
Um dado de grande importância é o acompanhamento constante do paciente por um profissional - Diabetólogo - quando de tratamentos odontológicos extensos, desta maneira o resultado deste entrosamento entre o Cirurgião Dentista e o médico (Diabetólogo) só trará benefícios ao paciente.
A DM do ponto de vista da Odontologia, quando não corretamente controlada e acompanhada pelo Diabetólogo e Cirurgião Dentista, apresenta as seguintes principais conseqüências :
Maior predisposição a problemas gengivais e periodontais.
Maior susceptibilidade a infecções.
Perda precoce de elementos dentários.
Dificuldade de adaptação de Próteses Parciais Removíveis ou Totais.
Finalizando, acreditamos ser plenamente possível a manutenção de um estado de saúde bucal adequado em pacientes portadores de DM desde que haja um correto acompanhamento por parte do Cirurgião Dentista e do Diabetólogo, minimizando ou mesmo evitando as repercussões odontológicas da Diabetes Mellitus.

Para maiores informaçãoes, recomendo visitar o interessante site da Associação Canadense de Diabetes.

quinta-feira, junho 26, 2008

Hipersensibilidade Dentinária

Sensíveis demais


Sentir dor ao comer determinados alimentos pode indicar hipersensibilidade dentinária; o problema é comum, mas leva pouca gente ao dentista
Um café feito na hora, um suco de laranja refrescante, uma sobremesa açucarada. Alimentos como esses, que para a maioria das pessoas remetem a experiências prazerosas, podem ser sinônimo de dor para quem tem dentes sensíveis. O problema, conhecido pelos especialistas como hipersensibilidade dentinária cervical, afeta cerca de 15 milhões de brasileiros, de acordo com estimativas mundiais. Apesar de ser mais comum em adultos jovens, com idade entre 20 e 40 anos, pode aparecer também em outras fases da vida.


O sintoma - dor aguda que surge devido a certos estímulos, como alimentos frios, quentes, ácidos e doces e escovação- costuma ser confundido com uma cárie. Nem todo mundo, no entanto, procura tratamento. "Muitos pacientes acabam se acostumando com a dor. Apenas 49% procuram um profissional", diz o dentista Narciso Garone Netto, professor titular da Faculdade de Odontologia da USP (Universidade de São Paulo).

As causas são variadas, mas têm um fator em comum: a exposição da dentina, camada do dente que normalmente fica protegida pelo esmalte. Dentro dessa estrutura, há milhares de canais cheios de líquido, chamados túbulos dentinários. Estímulos que mudem a pressão ao longo do dente - alta ou baixa temperatura, por exemplo - provocam uma rápida movimentação desse líquido, que estimula as terminações nervosas, provocando a dor.A erosão do esmalte que protege a dentina é uma causa comum de hipersensibilidade dentinária. Escovação muito forte e consumo excessivo de refrigerantes, frutas cítricas e bebidas isotônicas são o principais vilões. "Acreditamos que o problema esteja aumentando. Os adolescentes bebem litros de refrigerante. Isso é perigoso para o dente", disse à Folha o dentista Martin Addy, da Universidade de Bristol (Inglaterra), que pesquisa o tema há quase 40 anos.Para Addy, prevenir é o mais importante. "Muita gente acha que terá uma vida saudável ao tomar suco de laranja. De fato, as frutas cítricas são boas para o organismo, mas, se consumidas em excesso, fazem mal para o dente", alerta.Ele também acredita que os dentistas precisam lidar melhor com a questão. "Muitos não estão preparados e só percebem a erosão depois que ela está muito avançada. Hoje, estuda-se mais o tema do que antes, mas ainda é algo recente."Segundo a dentista Maria Ângela Pita Sobral, professora da Faculdade de Odontologia da USP, o esmalte também pode ser desgastado por microfraturas. O bruxismo (hábito de apertar e ranger os dentes), por exemplo, pode ser um desencadeador.Outra causa freqüente de hipersensibilidade é a retração gengival (quando a gengiva se desloca, deixando a dentina exposta). Segundo o dentista Eduardo Tinoco, professor adjunto da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e da Unigranrio (Universidade do Grande Rio), doenças periodontais e escovação inadequada - com escova de cerdas muito duras ou usando muita força- são dois fatores que fazem com que a gengiva se retraia. Com a idade, também é comum haver uma retração fisiológica leve ou moderada. A gerente de cursos Cláudia Corrêa de Virgiliis, 35, sofre do problema há cerca de seis anos. "Comecei com uma dor nos dentes na hora de escovar. Achei que era cárie, mas o dentista me disse que eu tinha a gengiva retraída", conta ela, que já fez tratamento à base de flúor e usa uma pasta de dente especial. O incômodo melhorou, mas retorna de tempos em tempos. "Quando aparece, já sei que vou ter dor se comer coisas ácidas, frias ou doces. Ao escovar os dentes, também é muito ruim."É comum que as pessoas se queixem de dentes sensíveis após passarem por tratamentos clareadores. "Os clareadores contêm ácido e, se forem usados em concentrações altas por um longo período, podem causar uma sensibilidade passageira. É preciso saber prescrever corretamente o clareamento", diz o dentista Luiz Narciso Baratieri, professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina. Eduardo Tinoco diz que a aplicação de substâncias dessensibilizantes antes do clareamento pode diminuir esse efeito colateral, um dos mais freqüentes dessa técnica, segundo ele.
Quando tratara necessidade de passar por um tratamento e a técnica adotada dependem do grau de desconforto do paciente. De acordo com Garone Netto, a dor pode ser classificada como severa em 5% dos casos, discretamente severa em 17%, média em 43% e suave em 35%. "Quando os fatores causais ocorrem isoladamente e com pouca intensidade, provocam uma dor suave que pode desaparecer espontaneamente, mas costuma ser cíclica. Mas o que observo na clínica é a ocorrência de vários fatores que podem provocar muita dor", diz o dentista.Apesar de algumas pessoas aceitarem melhor a dor, Luiz Narciso Baratieri alerta para o fato de que, se ela existe, é um sinal de que algo está errado e precisa ser visto com atenção.Martin Addy lembra que há pessoas mais propensas à hipersensibilidade. "Não sabemos por que, mas alguns indivíduos são até dez vezes mais susceptíveis à erosão do que outros", diz. Em alguns casos, o uso de pastas de dentes específicas para hipersensibilidade suave pode ser suficiente para melhorar os sintomas. A auxiliar administrativa Erika Boteon, 40, usa esse tipo de dentifrício há anos. "Diminuiu bastante a dor. Quando paro, ela volta. Chega a doer só de falar, com o ar que entra pela boca", conta.Outra opção para melhorar a dor é a aplicação de soluções dessensibilizantes. O laser também é um recurso utilizado. Baratieri observa que não há um tratamento definitivo. "Não existe uma solução fácil. Ninguém pode assegurar que determinada estratégia vai eliminar a hipersensibilidade. Muitas vezes, resolve por um tempo, mas depois ela volta."Para evitar que haja maior desgaste nas áreas onde ocorreu a perda de esmalte, Maria Ângela Sobral recomenda recorrer à restauração. De acordo com a dentista, o tratamento não pode se restringir a atacar os sintomas. "Todos os tratamentos apenas sintomáticos são temporários. É necessário remover o fator causador", defende. Algumas indicações são evitar alimentos ácidos, tratar o bruxismo e fazer uma escovação sem muita força e com a menor quantidade possível de pasta.




Fonte: Folha de São Paulo



No meu consultório, costumo observar qual é o fator causador, e tentar removê-lo. Quando o desgaste é profundo, restauro com Ionômero de Vidro modificado com resina. O resultado é satisfatório, as sensibilidades diminuem, e o dente fica protegido. Mas deve-se observar se o paciente está fazendo a higiene corretamente, sempre com uma escova macia, e verificar também a oclusão. Em outros casos faço sessões com aplicação de Flúor tópico, e uso de pasta dessenssibilizantes.
Com a correta anamnese associada a um exame clínico e radiográfico cuidadoso permitem diferenciar a hipersensibilidade dentinária das outras patologias que acometem os dentes. Pois os dentes podem, também, apresentar sensibilidade em outros casos, tais como: Dente fraturado com dentina exposta, restaurações antigas com infiltração marginal, restaurações recém feitas que haja falha da técnica ou contrações do material restaurador permanecendo uma fenda entre a restauração e o dente.



AFTAS

Aftas




O que é uma afta?
A afta ou úlcera aftosa recorrente é uma doença comum, que ocorre em cerca de 20% da população, caracterizada pelo aparecimento de úlceras dolorosas na mucosa bucal, as quais podem ser múltiplas ou solitárias.

Quais as características clínicas da afta?
As aftas costumam ser precedidas por ardência e prurido, bem como pelo surgimento de uma área avermelhada. Nessa área desenvolve-se a úlcera, recoberta por uma membrana branco-amarelada e circundada por um halo vermelho. Essas lesões permanecem cerca de 10 dias e não deixam cicatriz; em geral, o período de maior desconforto perdura por dois ou três dias.

Todas as aftas são iguais?
Não. Atualmente são reconhecidos três tipos de aftas, sendo a vulgar ou minor a forma mais prevalente. As outras formas são mais raras: uma delas é conhecida como herpetiforme, porque lembra a manifestação do herpes simplex, apresentando um grande número de pequenas ulcerações superficiais arredondadas e agrupadas, que também perduram por cerca de 10 dias; a outra forma é chamada afta major, que, como o nome indica, produz uma ferida maior (com mais de 1 cm de diâmetro), mais profunda, mais dolorida, mais difícil de tratar e que permanece semanas ou, às vezes, meses.

Por que as aftas doem tanto?
As aftas são lesões ulceradas: há exposição do tecido conjuntivo, que é rico em vasos e nervos, o que provoca dor. Além disso, o quadro pode ser agravado por infecções causadas por microorganismos do meio bucal.

O que causa a afta?
Não podemos afirmar que exista um agente etiológico específico. A literatura aponta uma alteração da resposta imunológica como possível causa primária em alguns pacientes e secundária em outros. Os ácidos presentes na alimentação, os pequenos traumas à mucosa, distúrbios gastrintestinais, o ciclo menstrual e o estresse emocional agem como fatores desencadeantes.

Qual a relação entre as aftas e a dieta?
Alguns alimentos, quando em contato com a mucosa bucal, podem desencadear uma resposta imunológica alterada em certos pacientes, o que provocaria o aparecimento da ulceração. Muitas vezes os pacientes são alérgicos: têm aftas quando ingerem certos alimentos.

As aftas são contagiosas?
Não, pois não se trata de doença infecciosa. No entanto, há um traço familiar envolvido. Filhos de pais portadores de aftas apresentam chances bem maiores de também sofrerem com aftas.

Outras doenças podem parecer aftas?
Sim. O câncer de boca, ou carcinoma epidermóide, freqüentemente começa como uma lesão ulcerada. Por isso, frente a uma úlcera bucal que não cicatriza dentro de 15 dias, o paciente deve procurar o cirurgião-dentista para o diagnóstico da lesão. Além disso, algumas doenças infecciosas, como o herpes, e algumas doenças dermatológicas com ocorrência intrabucal, como o lúpus, embora tenham características próprias bem conhecidas, em certas fases de seu desenvolvimento podem parecer-se com aftas, principalmente para o leigo.

Só agora, perto dos 50 anos de idade, comecei a sofrer com aftas. Por quê?
Confirmado o diagnóstico (pois nem toda ferida na boca é uma afta), será preciso investigar algum fato relevante na história médica do indivíduo ou se houve alguma modificação importante em seus hábitos de vida. Um fator muitas vezes relacionado com essa história é o abandono do hábito de fumar. O fumo provoca um espessamento da mucosa bucal, que parece tornar-se mais resistente à penetração de agentes desencadeadores da afta. Resta saber se vale correr o risco de adquirir um câncer de boca ou pulmão para se proteger das aftas.

Queimo minhas aftas com formol; há algum problema nessa prática?
A aplicação de substâncias cáusticas, como o formol, sobre as aftas destrói o tecido da região, inclusive as terminações nervosas, o que faz desaparecer a dor. Entretanto, o que se faz é substituir a afta por uma queimadura química, que causa injúria a tecidos normais. Além disso, há risco de maiores danos pela inadequada manipulação dos produtos por parte dos usuários. Não se recomenda tal prática.

Qual o melhor tratamento para as aftas?
Não existe tratamento que seja eficaz para todos os portadores de aftas. Alguns têm uma lesão aftosa uma vez por ano; outros apresentam lesões múltiplas diuturnamente. As medicações de uso sistêmico, como os imunossupressores, são mais efetivas na redução dos sintomas, mas possuem efeitos colaterais indesejáveis, às vezes graves, sendo, por isso, reservadas para os casos mais severos da doença, exigindo o acompanhamento atento de um especialista. Para os indivíduos com quadros clínicos mais leves, a melhor abordagem é a aplicação tópica de anti-sépticos, antiinflamatórios, anestésicos ou protetores de mucosa, naturais ou sintéticos. O cirurgião-dentista deve ser consultado para um adequado diagnóstico e orientação terapêutica.

Fonte: Revista da APCD

Restaurações Estéticas

RESTAURAÇÕES ESTÉTICAS

Principais Dúvidas e Respostas

* O que são restaurações estéticas?

São restaurações feitas à base de resina composta fotopolimerizável (que endurece com a luz azul), onde o profissional dispõe de uma variedade de cores que se aproximam dos dentes naturais do paciente.
Essas resinas ficam disfarçadas na boca do paciente dando a impressão que seus dentes são íntegros, sem aquelas antigas cicatrizes do amálgama.
Estes materiais podem resolver facilmente muitos problemas estéticos de maneira muito rápida. Dentes quebrados, manchados, espaçados ou um pouco desalinhados podem ser transformados em um novo sorriso, freqüentemente em uma visita. A aparência final coincide com seus dentes na cor e brilho e parece extremamente natural. É possível mudar todas as restaurações escuras ou metálicas e trocá-las por restaurações invisíveis, na cor do dente, como se você jamais tivesse feito nenhuma restauração nos seus dentes.

* As resinas fotopolimerizáveis são resistentes?

Sim. Atualmente o mercado oferece resinas feitas especialmente para dentes posteriores e anteriores.
Para os dentes posteriores, as resinas são desenvolvidas para suportar os desgastes devido a maior concentração da mastigação.
Para os dentes anteriores, as resinas são desenvolvidas para que além da resistência proporcione uma excelência em estética, polimento, brilho e qualidade do sorriso em geral.

* Quais são algumas das vantagens da resina em relação ao amálgama?

As principais vantagens neste tratamento são:
• as resinas são estéticas;
• as resinas permitem que o dentista desgaste apenas o tecido cariado, pois sua adesão ao dente é química, ao passo que o amálgama tem retenção mecânica, isto é, é preciso fazer um desgaste maior para que o material não saia do dente;
• as resinas não sofrem alterações físicas quando ingerimos alimentos frios ou quentes. O amálgama sofre dilatação ou contração dependendo da temperatura, pois ele é uma liga metálica;
• maior custo benefício.