quarta-feira, julho 02, 2008

Paciente Deficiente


Atendimento odontológico e multidisciplinar do paciente deficiente

O atendimento odontológico do paciente deficiente apresenta algumas características que serão aqui abordadas, mas inicialmente conceituamos o paciente deficiente mental ou físico como sendo aquele paciente que apresenta patologias com repercussões neurológicas e/ou físicas tais como as síndromes genéticas (e.g. Síndrome de Down), as paralisias cerebrais dentre outras; assim como o paciente que apresenta deficiências físicas (visual, auditiva, etc).
Uma vez que os familiares deste paciente são os responsáveis pela manutenção de sua saúde bucal é necessário frisar que muitas vezes algumas patologias podem não ser notadas pelos familiares (e.g. sangramentos, abscessos, gengivites, halitose, pequenas cáries, traumas oclusais, etc) e uma vez que o atendimento odontológico preventivo não é realizado devido às dificuldades operacionais do atendimento, há um maior comprometimento da saúde bucal com grandes repercussões locais (e.g. problemas periodontais, perdas dentárias, etc) e sistêmicas (bacteremias, desnutrição, etc) fazendo com que as dificuldades no atendimento e tratamento odontológico sejam cada vez maiores devido ao comprometimento do estado bucal e à amplitude das patologias associadas.
Para que haja um correto atendimento do paciente deficiente é necessário o concurso do Cirurgião Dentista e de outros profissionais de diferentes especialidades da área médica tais como : neurologia, oftalmologia, ortopedia, pediatria, otorrinolaringologia dentre outras; promovendo assim um atendimento global a esse paciente.
Uma vez que o paciente portador de patologias tais como Deficiência Mental e/ou Física é um paciente que não colabora quando do atendimento odontológico, muitas vezes esse atendimento deve ser realizado sob anestesia geral em ambiente hospitalar propiciando assim :
um melhor atendimento do ponto de vista técnico, o Cirurgião Dentista pode nessa situação trabalhar de forma melhor e mais eficiente.
a oportunidade de que outros especialistas (e.g. neurologista, oftalmologista, otorrino, etc) possam efetuar o atendimento ao paciente, atendimento esse muitas vezes muito difícil ou mesmo impossível de ser realizado em condições normais de ambulatório, mas que são plenamente viáveis na situação de atendimento sob anestesia geral em ambiente hospitalar.
Finalizando, acreditamos que há necessidade de um maior esclarecimento tanto da classe odontológica como dos responsáveis por pacientes portadores dessas patologias para que o atendimento odontológico seja realizado em melhores condições técnicas e com o concurso de outras especialidades médicas propiciando um atendimento global com significativa melhora da qualidade do tratamento odontológico realizado e reduzindo o sofrimento do paciente deficiente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário